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CRÍTICA - UOL Notícias: "Repressão além da política"

"Repressão além da política: A ditadura contra os gays: ser "diferente" era ameaça à segurança nacional" foi publicada na UOL Notícias no dia 12 de agosto de 2018 por Gabriela Fujita. A reportagem aborda aquilo que na maioria dos casos acabava sendo deixado de lado e não recebendo a devida atenção: como o "diferente" era visto como ameaça para os militares e as consequências para todos aqueles que não seguiam o padrão ideal imposto pelo Estado.


Quando se fala em Ditadura Militar no Brasil, as pessoas tendem a ter um foco principal nas questões políticas, entre o governo autoritário e a oposição. Deixando de pensar nas graves torturas que aconteciam e de existir o fato de que pessoas eram perseguidas, torturadas e mortas apenas por possuir determinada orientação sexual: Ser diferente era uma afronta à Ditadura. A Notícia pretendeu trazer à tona essa questão da aversão aos homossexuais e diferentes estilos de vida durante a Ditadura, trazendo por exemplo os depoimentos de alguns personagens como a cantora e compositora lésbica Angela Ro Ro, a qual relata alguns casos de intolerância policial que recorda ter presenciado, como a morte de um amigo, ou quando ela teve vértebras torácicas esmagadas por um homem. Também falam com Thais Azevedo, enfermeira transexual a qual conta um pouco de sua história e se emociona ao lembrar as coisas terríveis que teve que passar. Conta que já foi rejeitada desde criança dentro de casa por, sua tia e teve que fugir de casa, também conta de um período que se prostituiu para sobreviver.


A polícia censurava tudo que poderia ter alguma relação com sexualidades, letras de música, peças; homens podiam ser despedidos de seus empregos com a justificativa de que eram afeminados demais. Muitas pessoas desapareciam, como mencionado na notícia, "eles queriam limpar as ruas". Muitas travestis foram capturadas e torturadas, e Thais conta que elas começavam a se cortar com giletes que tinham escondido porque quando sangravam os policiais ficavam com medo e as levavam para o hospital.


Angela Ro Ro afirma que pra ela todos esses acontecimentos estão longes de virar apenas história, ainda tem muito o que se melhorar na segurança pública. Thais Azevedo comenta que o que ficou de legado dessas histórias é uma vergonha, e diz que suas cicatrizes e dores de tudo que houve com ela, ainda a acompanham e se questiona até que ponto ela é aceita de verdade na sociedade mesmo atualmente.


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