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CRÍTICA - Memorial da Resistência de São Paulo

O Memorial da Resistência de São Paulo se encontra no Centro de São Paulo, na Santa Ifigênia, próximo da estação Luz, é uma instituição dedicada à preservação de referências das memórias da resistência e repressão política no Brasil e propõe reviver as memórias o período ditatorial do Brasil (1964-1985), homenageando os que lutaram por uma democracia.


O Museu é dividido em módulos e traça uma linha do tempo com histórias sobre a época do Regime Militar. Há celas com diferentes conteúdos, como, por exemplo, em uma das celas na qual há uma representação de como realmente era uma cela da prisão e nas paredes estão escritos diversos depoimentos rabiscados os quais trazem à tona questões de como era ficar preso nessa época e a triste situação como em: “Pegaram meu bebê para me ameaçar”, “Fora Ditadura Assassina” e é possível sentir uma esperança em alguns depoimentos escritos “VENCEREMOS!”, “MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO POVO!!!”. Também há assinaturas nas paredes dos nomes das pessoas que passaram por lá.


"Pegaram meu bebê para me ameaçar" - Rose Nogueira

"VENCEREMOS!"

"Fora Ditadura Assassina"

"MAIS FORTES SÃO OS PODERES DO POVO"

Na época era imposta pelo Estado a monogamia, heteronormatividade e submissão da mulher ao homem. A parte da população que se apresentava diferente desses padrões era retirada da sociedade, eram torturados e muitas vezes mortos e enterrados como indigentes. Em uma das celas há bancos e um cravo iluminado no meio, se escuta diversos depoimentos, um deles menciona o cravo. Os depoimentos contam momentos tristes de tortura e também momentos pós-libertação.



Cravo - cela de depoimentos

Em um andar acima ocorria uma exposição temporária com temática indígena e no mesmo andar em outra parte uma exposição com quadros e artigos dos Direitos Humanos. O Artigo 2 diz que toda pessoa tem capacidade de gozar de sua liberdade e diferença, o Artigo contém direitos que todos foram privados durante a época da Ditadura.




"Não há distinção de qualquer espécie, raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza"

Na ditadura as pessoas eram proibidas de se manifestar fora dos padrões. Sua sexualidade era reprimida de todas as formas e quem lutava pela democracia e pelo seu dever de liberdade era simplesmente censurado, capturado e torturado. O Memorial da Resistência de São Paulo pretende expôr tais acontecimentos trágicos na Ditadura e homenagear quem lutou por um bem maior.

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