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CRÍTICA - Documentário: As vítimas da ditadura - depoimentos

"As vítimas da ditadura - depoimentos" fez parte da Telenovela do SBT Amor e Revolução, criado por Tiago Santiago. O vídeo contém uma série de depoimentos de pessoas que foram capturadas na época do Regime Militar no Brasil, compartilhando o que aconteceu com elas no período que ficaram presas e como fez elas se sentirem.


A primeira pessoa a aparecer no vídeo para dar seu depoimento é Criméia Almeida, ela conta que estava grávida quando foi capturada, mas esse fato não impediu de ela ser torturada. Ela conta que havia um médico o qual orientava os torturadores de qual forma eles poderiam torturá-la, já que estava grávida, recomendando que não dessem choque nos órgãos mais internos e que não batessem na barriga, e foi priorizado com ela a tortura psicológica. Criméia conta que quando os guardas iam chamar uma nova pessoa para o interrogatório eles iam até a cela e sacudiam a chave e os presos já sabiam que alguém seria chamado para a tortura. Os militares ameaçaram roubar seu filho se fosse branco e homem, e comenta como isso mostrava claramente os preconceitos inseridos nesses homens.


A segunda a ser apresentada no vídeo é Maria Amélia Teles, a qual conta que foi capturada com seu parceiro e conta que sempre quando ela ia ser torturada todas suas roupas eram tiradas e ela levava choques no ânus, vagina, seios, ou seja, havia uma violência sexual imensa durante as torturas. Também levaram seus filhos para vê-la numa situação completamente frágil, na qual ela estava cheia de hematomas e fraca. Também conta que sua filha teve um amadurecimento extremamente precoce, menstruando com apenas 7 anos de idade, pois o amadurecimento emocional gerou também o fisiológico.


Jarbas Marques é o terceiro a dar seu depoimento ele conta que foi torturado por três dias apenas pelo sadomasoquismo dos torturadores. Conta que foi torturado de diversas formas, e seu corpo foi usado para aulas de tortura também. Relata que foi colocado éter em seu ânus e secava as mucosas; pegavam uma guilhotina de e cortavam o saco escrotal e jorrava sangue; torturado com jacarés e cobras, também sempre nu e algemados e torturas sexuais terríveis de todas as formas; que colocaram uma barata viva na vagina de uma mulher enquanto ela estava presa no pau de arara. Conta que um de seus parceiros de cela ficou louco por conta da tortura e comia fezes, tentou se matar e ele tinha que o segurar para tentar ajudá-lo.


Ilda Martins conta que sofreu diversas torturas físicas e psicológicas também, principalmente em relação aos seus filhos dizendo que ela nunca mais os veria. Ela e seu filho se emocionam depondo sobre sua história.


Rose Nogueira conta que foi presa quando tinha 23 anos, 30 dias após seu filho ter nascido, teve uma tortura psicológica e sexual e que o tempo todo era um cheiro horrível pois não a deixavam tomar banho. Conta de um torturador tarado que sempre tirava a roupa dela e a torturava e ainda batia mais nela porque ela fedia. Diz que uma verdade que os torturadores contavam é que os traumas da tortura nunca somem.


Ivan Seixas é o último a dar seu depoimento e discorre sobre sua experiência com militância e sua guerrilha operária, a qual era organização revolucionada de luta armada clandestina e conta que conseguiram salvar 210 pessoas da tortura.


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