O documento escrito por Marcelo Hailer começa contextualizando a respeito do tema: Homossexualidade na época da Ditadura Militar no Brasil. Aponta o fato de que a política e começo da movimentação LGBT durante a ditadura se deu principalmente no meio das artes e movimento social e estudantil.
Um dos jornais de grande importância na época para os movimentos contra a censura foi o O Lampião de Esquina (1978-1981), fundado por João Silvério Trevisan, Darcy Penteado, Aguinaldo Silva, Peter Fry e João Antônio Mascarenhas.
O jornal abordou tais temas que não seguiam a visão do Regime da época que passou a ser boicotado pelas bancas de jornal e sofrer processos pelo Governo. Apesar de ter durado apenas 3 anos, o jornal serviu de ajuda para um impulso de movimentos LGBT, como o na época chamado Movimento Homossexual Brasileiro (MHB), e o surgimento do grupo SOMOS.
O debate que aconteceu na USP dia 8 de fevereiro de 1979 também foi extremamente importante para a causa, no qual se pode ver um crescimento do movimento e que havia mais voz para o grupo, o qual se espalhava e ganhava cada vez mais força.
O Texto também aborda a questão do rompimento com p gênero binário, iniciado pelo grupo performático Dzi Croquettes. Também cita o surgimento do grupo Secos e Molhados, o qual continha o vocalista andrógino Ney Matogrosso.
Os grupos passaram a fazer um enorme sucesso, e os fãs imitavam suas propostas exóticas e aderiam os ideais que iam completamente contra aos ideais do Regime Militar, e com isso os militares censuraram suas performances. Os militares reprimiam qualquer divergência a respeito da sexualidade das pessoas que iam contra seus ideais, com isso proibiam e censuravam qualquer coisa que viam como ameaça para mudança de pensamentos ideológicos da maioria da população e o crescimento dos movimentos LGBTs da época estavam ganhando força por isso era uma ameaça que eles queriam fazer desaparecer.